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Ameaça à vida, near miss neonatal, mortalidade e sobrevida na infância: uma análi-se de coortes de nascidos vivos no município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
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Resumen
Os casos de near miss neonatal provavelmente apresentam um risco elevado de morte para além do período neonatal, se comparados às crianças que nasceram sem situação de ameaça à vida. Foi estimada a carga de condições graves ao nascimento, near miss neonatal, mortalidade e sobrevida na infância, em coortes de nascidos vivos no município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Estudo de coorte retrospectiva de nascidos vivos residentes no município do Rio de Janeiro (2012 a 2016). A fonte de dados vitais foi o Sistema de Informações em Saúde. Nascidos vivos (NV), em situação de ameaça à vida, sobreviventes ao período neonatal (0 a 27 dias), foram classificados como casos de near miss neonatal. Foram calculados indicadores de carga de morbidade grave e mortalidade. Foi utilizado o método de Kaplan-Meier para a análise das curvas de sobrevivência dos casos de near miss neonatal e dos pós-neonatos sem ameaça à vida. Para cada mil NV, cerca de 22 nasceram com ameaça à vida, 18 foram casos de near miss neonatal e 7 evoluíram para óbito neonatal. A sobrevida dos pós-neonatos até 5 anos de vida foi menor entre os casos de near miss quando comparados aqueles sem ameaça à vida (p<0,00001). A maior redução da sobrevida dos casos de near miss ocorreu no primeiro ano de vida. A menor sobrevida dos casos de near miss evidencia sua vulnerabilidade e a necessidade de assistência às crianças e do apoio social às suas famílias.
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